Total de visualizações de página

sábado, 2 de abril de 2011

Depressão na era da globalização

Texto recebido de minha querida amiga Marta Maria Batista, que resolvi compartilhar.

Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região
em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

MINHA OBSERVAÇÃO

Hoje, mesmo com as redes sociais onde milhares de pessoas estão conectadas, dividem assuntos comuns, relacionam-se diariamente nos pontos mais extremos do Brasil (e do mundo também), quer seja por razões profissionais ou pessoais, dá-se a idéia de que depressão não exista neste mundo virtual, ledo engano. Talvez seja esse o motivo de inúmeras pessoas se sentirem sozinhas, e buscarem nas redes de relacionamentos alguém com quem dividir seus pensamentos e sentimentos. O laço afetivo (aquele de pele, lembra?) como antigamente (nem tanto assim), parece estar chegando ao fim, pois existem muitas pessoas que dividem mais seus sentimentos virtualmente, e por conta disso, acabam deixando de lado aquelas pessoas que estão do seu lado, compartilhando do seu dia-a-dia. Dividem  segredos com quem nem conhecem, pois o contato olho no olho não existe, o que existe são palavras digitadas, algumas carregadas de “emoção”, o que faz com que se abram cada vez mais julgando terem encontrado alguém que as compreenda como ninguém de “carne e osso” jamais compreendeu, o que pode se tornar uma porta de entrada para psicopatas agirem. E continuam a busca incessante de encontrar respostas aos seus anseios mal compreendidos .O que se percebe é que as pessoas estão mais atarefadas, mais agitadas, mais sozinhas e mais individualistas. Converso muito com pessoas diariamente e sinto essa necessidade que elas têm de serem ouvidas, a carência latente no modo de conversar, no modo como digitam, nos pontos, nas vírgulas, tudo tem um sentido de chamar a atenção pra algo que nem elas mesmas talvez saibam o que é, mas deixam transparecer num simples bate-papo (parecem pedir ajuda). Isso é ainda mais perceptível quando se fotografam exibindo-se, por mais que aparentam lindas, belas, há no olhar aquele vazio, talvez um pedido. Sinto que as pessoas estão mais sozinhas, muito se lê (infelizmente, muitas abreviaturas são utilizadas), pouco se ouve, trocam mensagens, compartilham vídeos, comentam sobre algum assunto postado, opinam e criticam, há pouca ou nenhuma conversa olho- no-olho. Apesar de terem “Um milhão de amigos”, ainda estão só (ou quase).Tem muita gente precisando de ajuda, acredite, aquela pessoa que está sempre ali e você nunca parou pra conversar direito com ela, apenas a responde mas sem prestar muita atenção. De vez em quando, a ouça, isso pode fazer a diferença tanto na vida da pessoa quanto na sua própria.

O mundo virtual une as pessoas de todo o mundo ao passo que as afasta daquelas que estão do lado, seja família (principalmente), seja amigos.

De qualquer forma, devemos nos preocupar mais com o próximo (mesmo que ele esteja do outro lado do mundo). Quando me refiro a ouvir o outro, se estiver conversando online, leia a conversa até o final, pense, reflita e responda (isso é ouvir).
Quando conversando pessoalmente, deixe o outro falar, dê-lhe mais atenção e depois responda (isso é ouvir). Acredite, o maior benefício será o seu. Ouvir o outro também é uma forma de entender a si mesmo.
Talvez você nem precise responder, apenas ouvindo já estará ajudando e muito.
Perdi um amigo para a depressão e ele tinha “um milhão de “amigos”, tinha um bom humor sarcástico, digno dos inteligentes, e eu dizia que ele era um gênio incompreendido, fazia todos rirem o tempo todo, no entanto, vivia só, e se foi há dois anos. Ele se abria comigo, contava de suas angústias. Muitos dos nossos amigos não acreditavam que ele sofria de depressão, e diziam: “Não, claro que não, como pode alguém tão alegre ter depressão! Imagina...depressão é coisa de gente triste”.
E hoje me pergunto: “será que o ajudei de menos? O que eu devia ter feito e não fiz?”, são perguntas que talvez tenha a resposta um dia.
Se você tiver um amigo, ouça o que ele tem pra te dizer, não o julgue e nem tampouco o condene.
Quem sabe se a resposta que você tanto procura não está justamente nas perguntas de seu amigo?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Os Homens segundo Vinícius de Moraes

Os
Homens.


Os homens bons, são
feios.


Os homens bonitos, não são
bons.


Os homens bonitos e bons, são
gays.


Os homens bonitos, bons e
heterossexuais, estão casados.


Os homens que não são bonitos,
mas são bons, não têm dinheiro.


Os homens que não são bonitos,
mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu
dinheiro.


Os homens bonitos, que não são
bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente
bonitas.


Os homens que nos acham bonitas,
que são heterossexuais, bons e têm dinheiro,

são
covardes.


Os homens que são bonitos, bons,
têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e  NUNCA DÃO
O


PRIMEIRO
PASSO!


Os homens que nunca dão o
primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a
iniciativa.


AGORA...

QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS
HOMENS?




Moral da
História
:

" Homens são como um bom vinho.
Todos começam como uvas, e

é dever da mulher pisoteá-los e
mantê-los no escuro até

que amadureçam e se tornem uma
boa companhia pro jantar "