O ópio pode ter alcançado seu auge. Os valores se tornaram tão distorcidos, que hoje é vergonhoso ser correto. Honestidade virou tolice, respeito virou demência, bom senso já está em extinção e o bem é por pura barganha.
Parecemos atordoados em teorias, e não se sabe mais onde se pisa. Parece que muita coisa está se perdendo com o tempo. Pior, não está simplesmente só desaparecendo, mas passa por uma
substituição esquisita, meio que sorrateiramente.
Firmou-se o tempo da “liberdade”, do prazer momentâneo, do “eu “ em primeiro lugar. Segundo Manuel Carlos (autor de novelas da Globo), algo para fazer sucesso junto ao público precisa conter três elementos básicos: sexo (de preferência com muita promiscuidade), poder (um pisando no outro e usando-o como escada) e o sobrenatural. Estão em baixa as relações verdadeiras, a autoridade paterna e a busca pelo bem comum.
Assistimos a tudo, meio que perdidos, quase conformados. Existem momentos em que somos obrigados a “pisar em ovos”, ou do contrário seremos, no mínimo, preconceituosos.
Há uma busca incansável pelos motivos para se mostrar que o mal tem lá suas razões.
Na proporção em que somos engolidos , há menos gente atenta e ousada...
O tempo é para bisbilhotar a vida alheia, porque se vende uma idéia linda do que se considera normal. O que faz sucesso é o voyerismo (BBB, Fazenda, Busão). Pessoas vazias, que passam dias a discutir, como "passar a perna no outro". Nenhum livro, nenhuma idéia construtiva, nenhum desejo de se produzir um mundo melhor. Então compramos a tal idéia, e pagamos caro, quase sempre
sem questionar. E lamentavelmente, barateamos o que não devíamos.
O que antes era feio, ficou belo e muito mais cômodo. O “quadrado” ficou redondo.
Chegou um tempo estranho, passivo, meio avesso... MAS TÃO ACEITÁVEL... LAMENTÁVEL.
Texto produzido pela minha amiga Kary e adaptado por esse aprendiz de blogueiro.
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