O admirável mundo das mulheres

Muitos concordam com a Rita Lee quando diz: “mulher é bicho esquisito”. Embora
pertença à classe dos “oponentes”, como se diz em Parintins, ao referir-se ao
boi contrário, devo fazer uma “mea culpa” em defesa das mulheres. O homem é um
"ser eternamente confuso". Prova disso, é que quando vai terminar um relacionamento, diz: “estou
confuso”. Que coisa mais engraçada... está confuso, mas a única certeza que tem é que precisa
terminar o relacionamento. Conversa mole! Ele tem absoluta certeza... que quer ficar com "a outra". 

Ao contrário das mulheres, não somos multi-tarefas. Elas
conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo, e não raro... fazem todas muito
bem. Nós homens, tentamos fazer uma única coisa como colocar o
leite para ferver. Ficamos ali plantados, olhando. E o que acontece? O leite
derrama todo, sujando o fogão, que com absoluta certeza foi limpo com o maior carinho no dia anterior.

Para conquistar uma mulher, fazemos as maiores (e às vezes
ridículas) loucuras, como mandar um carro de som com aquelas mensagens chamando
a atenção de meio mundo, e com raríssimas exceções deixando a pessoa na “maior saia justa”.
Depois de conquistada... nem lembramos mais que dia ocorreu nosso primeiro
encontro, qual a primeira música que ouvimos juntos, como é o nome completo de
nossa sogra. Bom... mas isso já é uma outra história, afinal não viemos do planeta Clipton.

Costumamos reclamar que as mulheres não se cuidam, não ficam
cheirosas e lindas a nos esperar no retorno de um exaustivo dia de trabalho.
Mas, e nós, nos cuidamos? E aquela barriga horrível, que as pobres mulheres tem
que aturar, e muitas vezes suportar (que o leitor use de discernimento), que
alguns inescrupulosos chamam de árvore de cemitério, pois em muitos casos apenas fazem “sombra
para o morto”. Há... como era grande.

Reclamamos, esperneamos, brigamos quando elas chamam suas
amigas para fazerem aquela reunião da Natura, da Romanel ou Tuppeware em nossa
casa ou apartamento. Mas, e quando chamamos os nossos amigos, para assistir o
jogo, comer aquele churrasco e fazer “a maior zona”, as pobres
meninas têm que atender todos com um belo sorriso nos lábios, cozinhar para
todos e ainda limpar toda aquela bagunça, como diria o Tavares: "Calada".

Há mulheres... como as admiramos. Depois de tudo, carregam
em suas barrigas o fruto de nosso amor, e achamos horrível quando seus corpos não
demonstram uma plena elasticidade ao voltarem a seu estado normal. Vamos nos
imaginar com uma barriga daquele tamanho, e duvido que nosso corpinho volte a se
parecer com o do Rodrigo Faro ou do Paulo Zulu.

Por isso, sou obrigado a terminar com um daqueles clichês
horríveis, mas que transmite bem e resume todo nosso papo: O verdadeiro homem não
é aquele que conquista várias mulheres, mas o que conquista a mesma mulher várias
vezes. O mundo dos homens não deu certo... AINDA BEM!!!

Cláudio Scavassa